Despertar - Tempo de Crisálida

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ana B./Casa da Mão/Roland Barthes





A Câmara Clara - Meus primeiros diálogos com Barthes foram intermediados pela pessoa justa: Ana B.
Já meus primeiros diálogos com a própria Ana B. foram possíveis através da Casa da Mão (laboratório de criação da Comunicação/UCB).
Minha experiência por lá floresceu encanto em mim. Adorei as manhãs de quinta-feira em contato direto com a arte experimental. Eu achava tudo sempre charmoso.
Na Casa da Mão conheci então a Ana B. que no semestre seguinte seria minha professora de Introdução a Fotografia. Foi ela quem me apresentou Barthes.
A partir dos trabalhos desenvolvidos sob a orientação da Ana fui desenvolvendo grande afeição por ela e profunda apreciação pelo seu conhecimento, pela forma ponderada como conduzia as aulas, pelos assuntos propostos, pelos textos, pelo próprio ponto de vista crítico e elaborado e principalmente pela delicadeza e sensibilidade dela como artista.
Veio a Câmara Clara como bibliografia do plano de ensino mostrando pra mim que há na fotografia algo que toca de modo peculiar quem a olha.
Nada fiz senão concordar.
Apesar de minha relação com a fotografia ser de pouca intimidade, insisto em querer aprender.

Escola x Periferia






Aonde está a igualdade de oportunidades?
Como fazer desenvolver o ensino num país onde a educação não é prioridade social?

Lamentável... é com grande pesar que publico essa fotografia feita hoje, em uma escola classe da periferia do DF.
Avalio que crianças oriundas de colégios assim terão pela frente desafios maiores do que àquelas inseridas em outro contexto social e econômico. Até aqui nenhuma novidade, contra determinados fatos poucos são os argumentos plausíveis.

Por essas e outras razões torna-se difícil aceitar o Brasil como república democrática.
Não existe democracia quando o poder está concentrado nas mãos de poucos e quando diretos e garantias constitucionais são sucessivamente infringindos a olho nu.
É brutal a desigualdade de oportunidades, e em definitivo isso muito me ofende.




Pequenos Cidadãos


Tarde de terça-feira, em meio a tanta coisa por fazer um telefonema para o Teles definiu meus passos. Fui acompanhá-lo no registro de um evento interno da escola em questão.
Era hora do recreio. Crianças reunidas no pátio assistiam a uma peça infantil. Na cantina alguém fritava pastéis para o lanche... parecia dia de festa por ali.
Percebi entre os pequenos alguma inocência proveniente de sua condição de crianças.
Ouvi muitos risos e observei atentamente o que também parecia acontecer em silêncio, dentro de suas mentes. É SEMPRE bacana ver sorrir àqueles que sabem fazê-lo com espontaneidade.



quinta-feira, 17 de junho de 2010

Extremo

Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdia a boca, que eu fugi da briga
Que eu caí do galho e que nao vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou
Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou
Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar, pra dar e vender
Eu, por mim, queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo, um grilo menos disso
É disso que eu preciso, ou não é nada disso...
Sérgio Sampaio - Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua

sábado, 12 de junho de 2010

Projeto Vila Cauhy - DF




















A Vila existe há mais de 40 anos, tem cerca de 1.400 moradores e teve como grande apoiador o deputado Jorge Cauhy.
A UCB em parceiria com a disciplina Agência Exp. de Comunicação Comunitária e os cursos de Comunicação Social e Serviço Social realizam nesse sábado um projeto de assistência à comunidade local oferecendo oficinas de grafite, leitura, fotografia e humanidade.
Percebi no decorrer do dia de trabalho na Vila, que a carência maior é de atenção, afetividade e respeito.